quinta-feira, 24 de março de 2011

UEG pode deixar de ser Universidade se Estado e Reitoria não atendem exigências do CNE


Os professores doutores da Universidade Estadual de Goiás entregaram ao Reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Luiz Antônio Arantes, na sexta-feira, dia 11 de março de 2011, uma carta assinada por mais de 250 professores. A mesma carta foi entregue também à Vice-Reitoria e às Pró-Reitorias. A carta foi encaminhada também ao Gabinete Civil do Governador do Estado, à Secretaria de Ciência e Tecnologia, à Secretaria da Fazenda e ao Conselho Estadual de Educação.
O documento relata a precária situação vivida pela instituição, como também apresenta a deficiente avaliação que a UEG teve pelo MEC no Índice Geral de Cursos (IGC), no qual a instituição obteve nota 2, o que pode levá-la a perder a condição de Universidade. A carência de infraestrutura adequada, a falta de professores titulados e efetivos, a insuficiência de pessoal técnico-administrativo, os baixos salários, a falta de melhores condições de trabalho, a ausência de cursos de mestrado e doutorado instauram um contexto tal que coloca a UEG em situação de risco.
A perda de professores titulados, em especial de doutores, tem dilapidado a UEG. Diante disso, se faz urgente a efetivação de doutores, sob pena de não ser possível a implementação de programas de mestrado e doutorado. Medidas como esta poderiam acarretar o aumento dos níveis de avaliação dos cursos de graduação, garantindo a consolidação da UEG como instituição séria, pilar do desenvolvimento científico, intelectual e econômico das comunidades às quais serve.
Os cerca de cem professores doutores da UEG aguardam, desde outubro de 2010, o cumprimento dos compromissos estabelecidos pela Reitoria, no II Seminário de Pós-Graduação Stricto Sensu, realizado para atender as metas de oferta de novos cursos de mestrado, parte dos requisitos que garantem à UEG a permanência na condição de Universidade. Na ocasião, foram identificadas as fragilidades e definidas as estratégias prioritárias para atendimento àquelas metas, como a abertura de Edital para Dedicação Exclusiva (DE) de professores doutores e mestres e a construção de infraestrutura mínima para o funcionamento dos mestrados (bibliotecas, laboratórios e salas apropriadas para pesquisas e orientações).
A carta foi assinada por professores das unidades de Anápolis (UnUCET e UnUCSEH), Morrinhos, Santa Helena, Goiás, Quirinópolis, Itapuranga, Jussara, São Luiz de Montes Belos e Goiânia (Eseffego). Nela, foram cobradas providências para a reversão do quadro deprimente vivido pela instituição, o que se deve à inércia administrativa de seus gestores, que não cumprem os compromissos assumidos com a sociedade goiana, no intuito de transformar a UEG na Universidade que os goianos merecem e necessitam.
Os professores entendem que é dever do corpo docente signatário da carta ao Reitor, alertar também os alunos da UEG e a opinião pública para a gravidade e a urgência de soluções que preservem os objetivos norteadores da criação da UEG, agora sob risco de perder o credenciamento.
Texto enviado por: Mirza Seabra Toschi

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