sábado, 27 de agosto de 2011

Governo e ambientalistas começam a elaborar plano para a preservação da biodiversidade

O Brasil quer estabelecer metas de conservação do meio ambiente e do uso sustentável da biodiversidade para atender aos compromissos assumidos na 10ª Conferência das Partes (COP-10), realizada no ano passado em Nagoia (Japão) com a participação de 193 países.

Governo e ambientalistas fizeram até esta quinta-feira (4), em Brasília, a primeira reunião com o meio empresarial para estabelecer uma estratégia brasileira de biodiversidade até 2020.

A COP-10 determina que os países devem elaborar planos estratégicos nacionais para esta década, calculando o valor da biodiversidade nas contas públicas. A ideia é ter um indicador para medir os benefícios e prejuízos financeiros causados pelo impacto de uma atividade econômica no meio ambiente.

Segundo Cláudio Maretti, do WWF-Brasil, para proteger todas as florestas do planeta a estimativa é de custo global de US$ 40 bilhões ao ano. Entretanto, a perda financeira pelo desmatamento pode custar até 100 vezes mais, considerando, por exemplo, a extinção de fontes de matéria-prima, a diminuição de recursos hídricos e os efeitos climáticos (que ocasionam, por exemplo, grandes prejuízos com as inundações de cidades).

Maretti avalia que há empresários de diferentes setores (inclusive do agronegócio) “entendendo que a biodiversidade é parte do negócio” e que o meio ambiente deve ser tratado como “capital natural”. Essa postura rompe com a visão tradicionalista de que é inevitável a destruição ambiental para que haja desenvolvimento.

Para o secretário-executivo do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, a crise econômica mundial de 2008 “reintroduziu o crescimento predatório”, o que pode ser um risco para a biodiversidade do planeta.

“Nenhum país renuncia ao seu potencial de crescimento, mas para que a gente possa aproveitar esse potencial, precisamos conhecer antes de destruir e gerar danos irreversíveis”, disse Gaetani que avalia que o Brasil pode ser protagonista na defesa da agenda ambiental. “O país é G1 em biodiversidade”, lembra referindo-se à extensão territorial e diversidade de biomas.

Em junho do ano que vem, o Brasil sediará a conferência Rio+20 que deverá ter como temas a transição para a chamada economia verde, com baixos níveis de poluição, tendo em vista o crescimento sustentável e o foco na diminuição da pobreza. A discussão das estratégicas, de acordo com a COP-10, prepara o país para coordenar a conferência no Rio. “Temos que discutir na Rio +20 quais são os procedimentos adotados por todos”, defende Maretti.

Além dos empresários, o governo e os ambientalistas farão reuniões nos próximos meses com a sociedade civil; com o meio acadêmico; com os povos indígenas e comunidades locais; além das representações dos três níveis de organização da Federação (municípios, estados e União).

Fonte: http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=5772

Eucalipto vira fonte de corante natural

Extrair corantes naturais a partir de madeiras, com finalidade para o tingimento têxtil.

É o que a pesquisadora, aluna de engenharia florestal da Esalq/Usp, Ticiane Rossi, desenvolveu para sua pesquisa de mestrado. Ela conseguiu identificar a produção de óleo essencial de folhas de eucalipto, uma fonte potencial para obtenção de corantes.

“Atualmente, os corantes naturais vêm ganhando maior interesse da sociedade, fazendo crescer um novo nicho de mercado, que valoriza produtos que representam menores danos à saúde humana e ao meio ambiente”, comenta a engenheira florestal. O Brasil é um dos principais produtores mundiais de óleo de folhas de eucalipto. A pesquisa foi desenvolvida para avaliar o potencial desse extrato como corante natural, para o tingimento de tecidos de algodão.

“Na indústria de destilação, para a obtenção de óleo essencial de eucalipto, usamos folhas e galhos de eucalipto, colocando o material em uma dorna com pressão de vapor para se extrair. Durante esse processo, ocorre a fermentação de uma parte das folhas, gerando um extrato aquoso residual”, explica a autora da pesquisa. Foi a partir desse extrato que se chegou ao corante, que, devidamente beneficiado, pode resultar em várias nuances de cor. “Por ser um corante natural, ele tinge a celulose, que, em geral, é difícil de ser tingida. Ele é bastante estável, o que é muito raro em corantes naturais, que era nosso maior desafio. Eu não esperava que isso acontecesse. Descobri não só que o corante dava resultado, mas que ele era de ótima qualidade!”, destaca Ticiane.

Patente

Os resultados do projeto incentivaram os pesquisadores do grupo capitaneado pelo professor Brito e executivos da Stenville, a registrarem o pedido de patente junto à Agência USP de Inovação.

Em 2002, com orientação do professor José Otávio Brito, do Departamento de Ciências Florestais (LCF), Ticiane Rossi desenvolveu trabalho de iniciação científica junto ao Grupo de Bioenergia e Bioprodutos de Base Florestal dos Laboratórios Integrados de Química, Celulose e Energia (LQCE). Depois de formada, Ticiane trabalhou com a extração de corantes de plantas e, em 2008, retornou para a Esalq visando aprofundar seus estudos no mestrado em Recursos Florestais.

Fonte: http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=5770

Florestas são capazes de absorver mais carbono do que se imaginava

Mais um estudo demonstrando o grande valor das florestas (em pé) foi publicado recentemente na revista Science.

Mais um estudo demonstrando o grande valor das florestas (em pé) foi publicado recentemente na revista Science. De acordo com ele, as florestas mundiais absorvem anualmente 1,1 bilhão de toneladas de carbono, o equivalente a 13% de todas as emissões ocasionadas pela queima de combustíveis fósseis.

A quantidade de carbono absorvida pelas florestas é maior do que se suspeitava antes e valeria bilhões e bilhões de euros por ano (e quem dirá reais), se a mesma quantidade tivesse que ser eliminada por estratégias de redução de emissões ou no próprio mercado de carbono europeu, segundo o co-autor Josep Canadell.

Mas, ao mesmo tempo que as florestas guardam mais carbono do que se costumava pensar, o desmatamento em certas partes do mundo, principalmente na Indonésia e no Brasil, gera muito mais carbono por ano, o que corresponde a mais de 25% de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa gerados por atividade humana. Os valores estimados previamente costumavam ficar entre 12-20%.

Para compensar os efeitos do desmatamento, há também a regeneração das florestas. Apenas as florestas tropicais são responsáveis pela absorção média de 1,6 bilhões de toneladas de carbono por ano, por meio da regeneração.

As contas são muito complicadas e toda essa absorção, emissão, reabsorção é um pouco confusa, mas em suma, o estudo fala que as florestas têm maior capacidade de absorver carbono do que nós pensávamos, como também irão produzir mais emissões se nós as derrubarmos, então a melhor opção continua sendo a de mantê-las em pé.

Fonte: http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=5776

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Estágio Obrigatório

Não sei se é do conhecimento de todos os acadêmicos dessa unidade que os estágios obrigatórios a partir do 5º período foram extintos, para os alunos da grade de 2009 até os dias atuais. Tal fato se deu pela alteração da grade, onde a nova reza que temos o 10º período para a realização desse.

Como se não bastasse as nossas deficientes, limitações, carências e necessidades não atendidas; ainda temos que nos deparar com mais esse empecilho.

Essa alteração não determina o fim dos estágios, ela apenas não permite com que façamos estágios obrigatórios, nos restando do 1º ao 9º períodos a realização apenas dos estágios complementares.

A problemática dos estágios complementares vem da dificuldade de arrumá-los, pela burocracia ao concedê-los. Ao se realizar estágios complementares, pela lei de estágio, existe a necessidade de remuneração. Isso seria um grande feito a nós, mas quando nos deparamos com a facilidade de conceder estágios sem remuneração (estágios obrigatórios), vemos o quão difícil ficou nossas vidas.

Penso que não é interessante para uma empresa remunerar um acadêmico na realização de um estágio por apenas um mês (por exemplo, Julho), ensinando toda a rotina e tarefas, e logo em seguida, pelo curto tempo de estágio, não usufruir dos ensinamentos. Isso seria uma contribuição apenas unilateral (a empresa concederia e o estagiário não contribuiria), e o certo é a troca, a bilateridade da relação.


Mas nessa quinta-feira dia 25 de agosto de 2011, tivemos o posicionamento derradeiro da Gerente de Graduação, nos dizendo da real e possível possibilidade de realização de Estágios Obrigatórios antes do Ultimo periodo; e agora, a partir da segunda metade do curso; conforme projeto pedagógico.

Com essa possivel vitória, buscamos facilitar a vida acadêmica de nossos estagiários na busca de tais atividades, já que estamos dependente de autorizações da própria Unidade Universitária de Ipameri, bem como do Conselho Acadêmico.

Procurem mais informações, façamos valer nossos direitos.

Cleiton Oliveira

NEA - Núcleo de Estudos Ambientais

Reiniciou-se nessa quarta-feira 24 de agosto de 2011, as atividades do Núcleo de Estudos Ambientais.

Nesse primeiro encontro tivemos um debate sobre "A História das Florestas", com posicionamentos diversificados, o que promoveu uma ampla discussão, e, consequentemente criação de novas ideologias e também de novas dúvidas. Com essas interrogativas, procuramos deixar os membros na ânsia por novos pontos de vista, e sanar suas curiosidades com pesquisas que o satisfaçam.

Os posicionamentos foram os mais diversificados possíveis, desde conhecimentos superciais, passando pelos moderados, até ideias bem complexas e consisas de nossos idealizadores e coordenadores.

E, uma coisa ficou bastante claro, a quantidade de informação adquirida, e exposta, foi de grande valia. Com esses esclarecimentos nos sentimos integrados e parcialmente aptos para opinarmos sobre algo, mas nos interar cotidianamente é fundamental.

No próximo encontro, estaremos discutindo sobre a reforma do Código Florestal, a polêmica levantada, verdades e mitos. Esse tema promete. Então na Segunda-feira, dia 5 de setembro compareçam em nossa reunião e comungue conosco, para que juntos cheguemos a uma vertente em comum.

Código Florestal e a Ciência - Contribuições para o diálogo. Esse é um arquivo onde cientistas apontam os benefícios e maleficios que essa reforma pode gerar. É um artigo CIENTIFICO, sem tendencias ruralistas ou ambientalistas. Leiam, vale a pena.
Link para download: http://www.4shared.com/document/GOP1EYTC/codigo_florestal_e_a_ciencia.html

Local: Auditório da Universidade Estadual de Goiás - Ipameri.

Cleiton Oliveira

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ENGENHARIA FLORESTAL - O CURSO

É o ramo da engenharia voltado para o estudo e o uso sustentável de recursos florestais.O engenheiro florestal avalia o potencial de ecossistemas florestais e planeja seu aproveitamento de modo a preservar a flora e a fauna locais. Ele pesquisa e seleciona sementes e mudas, identifica e classifica espécies vegetais e procura melhorar suas características, analisando as condições necessárias a sua adaptação ao ambiente. Elabora e acompanha projetos de preservação de parques e de reservas naturais e cuida de fazendas de reflorestamento. Recupera áreas degradadas, cuida da arborização urbana e avalia o impacto ambiental de atividades humanas em uma área. Esse engenheiro também efetua vistoriais, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em sua atuação, visa a segurança e os impactos socioambientais


O mercado de trabalho
O novo Código Florestal brasileiro foi aprovado em julho de 2010 em meio a bastante polêmica. Isso mostra a importância crescente das discussões em relação à preservação e ao manejo florestal. Devem aumentar as oportunidades para o engenheiro florestal, que pode dar assistência e desenvolver projetos para adaptar as propriedades rurais à nova legislação. Órgãos como Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais realizam concursos frequentes para a contratação desse profissional. Empresas privadas que prestam serviços para o governo também necessitam dessa mão de obra especializada. Quem atua nas áreas de ecologia aplicada e de manejo florestal vem sendo solicitado nos últimos anos por empresas de reflorestamento e por produtores rurais que fazem o plantio de florestas para fins comerciais. "Cresce muito o número de proprietários de terra que antes só investiam nos setores agrícola e pecuário e hoje destinam parte das terras ao plantio de eucalipto, contratando esse engenheiro para viabilizar o projeto", explica Soraya Alvarenga Botelho, coordenadora do curso da Ufla, em Minas Gerais. Os postos de trabalho estão concentrados, sobretudo, nos estados do Sul e do Sudeste, com destaque para Minas Gerais, que possui extensas áreas de reflorestamento, abrindo boas oportunidades para esse engenheiro. Cresce também a procura na Região Norte, que tem o desafio de se desenvolver de maneira sustentável. Nas indústrias de base florestal, em especial nas de papel e celulose, de móveis, de compensado e de carvão, aumenta a procura pelo especialista em tecnologia de produtos florestais. Outros nichos que vêm se expandindo são o comércio de produtos florestais, a gestão de viveiros florestais e a coleta, o estoque e a transformação do lixo urbano e industrial. Prefeituras de todo o país buscam esse graduado para cuidar da arborização urbana. O profissional pode atuar ainda de maneira empreendedora, como assessor técnico de ONGs ou abrindo empresa de produção de mudas e vendas de sementes.

Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).

O curso

As ciências agrárias e biológicas estão presentes em todo o currículo, com destaque para as disciplinas que envolvem botânica, tecnologia da madeira, fisiologia vegetal, biologia celular e silvicultura. Mas o forte do curso são as técnicas e os métodos de uso racional das matas que não comprometam o ecossistema. Nessa área, as disciplinas teóricas - como conservação de recursos naturais renováveis - alternam-se com práticas de manejo florestal, ecologia aplicada em campo, atividades em laboratórios e viveiros. O estágio é obrigatório, bem como um trabalho de conclusão de curso.


Duração média: cinco anos. Outro nome: Eng. de Florestas Tropicais.


O que você pode fazer

Ecologia aplicada
Estudar e administrar parques e reservas florestais e gerenciar processos de exploração que preservem os recursos naturais. Recuperar áreas degradadas
.

Educação
Realizar atividades em educação ambiental e ecoturismo
.

Fiscalização

Supervisionar empresas que utilizem produtos de origem florestal como termoelétricas a carvão, indústrias que utilizem lenha e siderúrgicas.

Manejo florestal

Elaborar, promover e supervisionar projetos de reflorestamento das espécies arbóreas para aumentar sua produtividade. Pesquisar sementes e o melhoramento genético da vegetação.

Tecnologia de produtos florestais

Pesquisar e desenvolver tecnologias para o aproveitamento, a extração e a industrialização de madeiras e de outros produtos da floresta, como óleos essenciais e resinas.

Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/meio-ambiente-ciencias-agrarias/engenharia-florestal-603093.shtml