sábado, 19 de novembro de 2011

Agronomia Nota 5 no ENAD

Após a conquista do mestrado em Produção Vegetal, autorizado pela CAPES, nas áreas de Biologia, Biologia Molecular, Fisiologia Vegetal, Estatística, Manejo e Preservação da Natureza, Solos, Microbiologia e Fitopatologia, Fitotecnia, Fitomelhoramento, Tecnologia de Sementes e Hortaliças, Entomologia e Estudos de Sistemas Agrossilvipastoris a Universidade recebe outra conquista importante.

Foi divulgada nessa quinta feira, 17 de novembro de 2011, pelo Instituto De Estudos E Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) as notas do ENAD, que é o exame responsável por avaliar os níveis dos cursos ofertados pelas Instituições de Ensino Superior.

A Universidade Estadual de Goiás, como um todo, recebeu do Índice Geral de Cursos(IGC), um conceito 3, mostrando elevação do nível em relação ao último IGC. Dos seis cursos avaliados, dois tiveram nota 5 e os outros receberam nota 4. As notas do ENAD variam entre 1 e 5.

Dentro do grupo que obtiveram nota 5, destaca-se novamente o curso de AGRONOMIA, ofertado na Unidade Universitária de Ipameri – GO. Isso mostra para a região o nível de formação dos profissionais que a UnU Ipameri libera no mercado ano a ano.

Parabéns a todos os envolvidos nessa conquista, dentre acadêmicos, professores e funcionários administrativos. Que contribuem dia a dia para o perfeito funcionamento dessa máquina.

Ao escolherem um curso a se cursar, não observe se federal, se estadual, ou mesmo particular; observe antes de tudo a conceituação do curso e o que ele poderá te proporcionar.

Download das notas: http://www.4shared.com/document/_IarYoAE/igc_2009.html

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

E os mitos sobre o eucalipto reinam soberanos na Imprensa

Como se fossem verdades eles permeiam textos até no exterior

Com o título "Loeb, o eucalipto francês" o jornalista Paulo Renato Soares, colunista do site Record, de Portugal (www.record.xl.pt), especializado em esportes, mais uma vez comete o erro que a maioria dos órgãos de imprensa - não só no Brasil - mas no mundo, vem cometendo nos últimos anos devido à falta de infomação adequada sobre o eucalipto.

Na texto ele escreve sobre o Mundial de Ralis (WRC) de 2011. Mais exatamente sobre a última prova, disputada nas florestas enlameadas do País de Gales. Paulo fala sobre o piloto francês Sébastien Loeb, de 37 anos, se referindo a ele como um corredor que "pode ser comparado a um eucalipto que vai secando tudo à volta".

Ele prossegue mais à frente fazendo outra comparação com o eucalipto, desta vez se referindo a outro mito, o que fala sobre deserto verde: "Dentro de pouco mais de 2 meses, em Mônaco, começa nova temporada. E cabe aos pilotos regar o terreno. Sob pena de o eucalipto continuar a desertificação".

Em uma discussão sobre o assunto na rede social LinkedIn, mais precisamente no grupo Celulose, Papel, Floresta e Afins, a Bacharel em Administração de Empresas, Iara Santos, levantou esta questão que foi muito bem debatida: A plantação de eucaliptos pode prejudicar os lençóis freáticos?

Não faltaram informações e discussões a respeito, mas uma delas nos chamou a atenção. A postada por Jonas Ortiz, GIS Analyst no Projeto de Integração do São Francisco, que exemplifica bem de onde vem o mito, principalmente porque ele é tão difundido na Europa. Leia:

"A lenda vem de um engano. Tempos atrás usava-se o eucalipto na Europa para drenar pântanos. Mas existe uma grande diferença entre a Europa e o Brasil. Estamos localizados em hemisférios e latitudes bem diferentes o que influencia as estações do ano. Enquanto na Europa o verão é seco, no Brasil é chuvoso, e o maior crescimento vegetativo do eucalipto ocorre justamente na época onde há maior luminosidade e temperatura. Será quando ele usará mais água, ou seja, nessa época ele irá retirar mais água do solo, e no Brasil nesse período a água será abundante, tendo sua capacidade máxima de água disponível no solo, água em excesso. Essa retirada não afetará o balanço hídrico no solo ao contrário do cenário que ocorre na Europa, onde o solo estará com déficit hídrico e portanto, o eucalipto irá consumir água presente em superfície e sub-superficie, mas não as águas presentes nos lençóis freáticos profundos, somente as dos que afloram, lençóis freáticos rasos, já que como muito bem colocado suas raízes não atingem tal profundidade. Simples e Lógico." (SIC)

Jonas cita uma das fontes mais respeitáveis quando o assunto é silvicultura, o pesquisador Celso Foelkel, que, por sua vez, indica o trabalho de Alexandre Bertola, engenheiro florestal da V&M Florestal, sobre os 100 anos do eucalipto no Brasil, que seria muito oportuno ser lido por todos os formadores de opinião deste país: http://tinyurl.com/cw4pqr2

A pergunta que não cala prossegue: quando finalmente vamos ter empresas, instituições e associações voltadas para um melhor esclarecimento da população? O seu comentário abaixo é muito bem vindo.

Fonte: Paulo Cardoso - Painel Florestal

http://painelflorestal.com.br/noticias/eucalipto/13430/e-os-mitos-sobre-o-eucalipto-reinam-soberanos-na-imprensa

sábado, 12 de novembro de 2011

Cultura do paricá desperta atenção de agricultores e empresas

Árvore cresce rápido e produz madeira de qualidade.
Reflorestamento gera emprego e ajuda manter o que resta de mata nativa.


A região amazônica ocupa quase 40% do território brasileiro. Abriga a maior floresta tropical do planeta com milhares de espécies vegetais e animais. Seu subsolo esconde tesouros de minerais raros e nascentes que formam uma gigantesca reserva de água doce. Apesar de toda essa riqueza, a exploração dos recursos da Amazônia é em grande parte feita de forma primitiva e predatória. É o caso da extração de madeira.

Todo ano são derrubadas cerca de três milhões de árvores na Amazônia. A madeira alimenta um mercado de mais de R$ 4 bilhões, mas só uma pequena parte da extração é feita com autorização dos órgãos ambientais e segue normas de manejo. Grande parte da madeira ainda sai de maneira ilegal, deixando para trás o caminho aberto para o fogo que antecede o plantio do capim usado na criação de gado de corte.

Só que é possível plantar árvores para a produção de madeira. As florestas cultivadas substituem o extrativismo predatório e podem ser usadas também para recuperar a imensa área de pastagens degradas da Amazônia. Há mais de 20 anos pesquisadores da Embrapa coletam sementes e produzem mudas de espécies nobres. O êxito desses projetos, no entanto, esbarra no tempo que é preciso esperar para colher as primeiras árvores.

A maioria inicia a produção de madeira para corte só a partir dos 15 anos de idade, mas uma espécie começa a se destacar por conta do seu rápido crescimento.

É o paricá, a espécie florestal nativa mais cultivada do país. Ele pode ser cortado com cinco anos de idade. Sua madeira é usada na construção civil e na fabricação de móveis. Até agora já foram plantadas 60 milhões de árvores, distribuídas em várias fazendas nos municípios de Paragominas e Dom Eliseu, na região nordeste do Pará.

O reflorestamento gera empregos e também ajuda a manter o que ainda resta de floresta nativa, como explica o engenheiro florestal Alessandro Lechimoski. “Com a utilização do paricá de reflorestamento, cada um hectare usado na indústria deixa de utilizar de 30 a 35 hectares de mata nativa. Isso é um ganho ambiental enorme.”

O paricá é parente do guapuruvu, árvore da floresta atlântica. Seu nome científico é: shizolobium amazonicum. É uma árvore da família das leguminosas que capta nitrogênio do ar e o fixa no solo.

Na mata nativa, o florescimento acontece na época da seca e atrai dezenas de insetos. A árvore fica carregada de flores amarelas que deixam no ar um perfume delicado e doce.

Suas vagens servem de alimento para as araras, principais responsáveis pela dispersão das sementes dele na mata. Macacos e preguiças se alimentam de suas folhas miúdas e também derrubam as sementes maduras no chão. É possível ver dezenas de mudinhas que surgem nas clareiras deixadas pela queda de outras árvores.

Em pleno sol o paricá cresce meio metro por mês nos seus primeiros dois anos de vida. As árvores que atingem a fase adulta se projetam para o céu ocupando o grupo das espécies da mata primária. Suas raízes tabulares do tipo sapopema se entrelaçam, circundando toda a base do tronco.

Apesar da importância do paricá para a região amazônica, o melhoramento genético dessa espécie ainda está engatinhando. Os pesquisadores da Embrapa estão na fase de coleta de sementes para iniciar o trabalho de seleção e melhoramento.

Hoje os pesquisadores consideram o paricá como uma planta semi-domesticada. Suas sementes germinam facilmente e são cultivadas em viveiros irrigados. Em Dom Eliseu a empresa Vale Florestar está pesquisando o paricá partindo dos modelos já desenvolvidos para a cultura do eucalipto.

A floresta de eucalipto é mais uniforme e mais produtiva porque foi plantada com mudas clonadas. Ao contrário do paricá que apresenta árvores finas e grossas e muita variação no crescimento. Para a extração de lâminas de compensado o paricá rende mais porque as árvores são cilíndricas e não têm galhos nos primeiros sete metros do tronco. O eucalipto é cheio de galhos e precisa de poda na época certa para eliminar os nós. Por isso o paricá é hoje a madeira mais cobiçada para a produção de compensado.

Em Dom Eliseu o preço pago pelo metro cúbico do paricá é muito maior que o do eucalipto. Por esta razão os fazendeiros Fernando Pinto e Marcos Tavares estão trocando a pecuária pelo reflorestamento. O plantio tem que ser autorizado pelos órgãos ambientais e o corte também. Eles plantaram 800 mil mudas de paricá numa área de mil hectares.


Fonte: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/11/arvore-nativa-da-amazonia-desperta-atencao-de-agricultores-e-empresas.html

SECIAG 2011

Aconteceu nessa semana, nos dias 09, 10, 11, e 12 de novembro de 2011, a VIII Semana de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ipameri com a temática “Sustentabilidade desenvolvimento agrário”. O evento fora realizado sob a coordenação do Professor Doutor Fabrício Rodrigues, Professora Luciane Madureira, Márcio Araújo e os acadêmicos da Universidade.

O evento foi constituído pelas palestras: Crédito de Carbono, Agricultura de Precisão, Crédito Rural, Recuperação de Áreas Degradadas e o Código Florestal afim de trazer para a comunidade acadêmica as atualidades; criando nos participantes sensibilidade crítica para julgarem suas atitudes visando o crescimento da economia de uma forma sustentável, que preservasse o meio ambiente.

No seguimento do evento houve a divulgação dos trabalhos realizados pelos acadêmicos e professores da Instituição na forma de pôster e apresentação oral. Dentre as modalidades de exposição dos trabalhos houve premiação para os melhores trabalhos , onde os melhores trabalhos na categorial oral foram: Mylla Crysthyan Ribeiro ( AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE SORGO SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE FÓSFORO) e Cleiton da Silva Oliveira (ANÁLISE CROMOSSÔMICA DE PLATHYMENIA RETICULATA BENTH VINHÁTICO), na modalidade pôster os premiados foram: Denise Alves da Silva e Heloisa Maria da Silva Lago.

Informamos que em breve estaremos disponibilizando os resumos para download, bem como a emissão dos certificados. Os resumos estarão disponíveis nesse endereço: http://seciagueg.blogspot.com/p/resumos_07.html

O evento foi finalizado após o termino dos mini-cursos com uma feijoada.

A Comissão Organizadora do Evento agradece a todos que com empenho dedicação e força de vontade fizeram o evento acontecer, e também a todos que prestigiaram o evento.

Nosso muito obrigado, e desde já convidamos para a próxima SECIAG 2012.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Serviços ambientais

http://youtu.be/5k2gON2vT1I

domingo, 6 de novembro de 2011

Livro CONFEA - Engenharia Florestal

ü A POSTURA CIDADÃ DO ENGENHEIRO FLORESTAL BRASILEIRO

ü Origens e evolução da Engenharia Florestal no Brasil

ü Evolução das Atribuições Profissionais do Engenheiro Florestal

· Antecedentes da Engenharia Florestal como profissão no Brasil

· Evolução das atribuições profissionais do Engenheiro Florestal no Brasil

· Atuais atribuições profissionais do Engenheiro Florestal

· Atividades Profissionais

· Setores dos campos de atuação profissional

· Tópicos dos setores dos campos de atuação profissional

o Geociências Aplicadas para fins Florestais

o Tecnologias para fins Florestais

o Engenharia para fins Florestais

o Meio Ambiente

o Administração e Economia

ü Perfil profissional do Engenheiro Florestal

ü A oferta de vagas nos Cursos de Engenharia Florestal no Brasil em 2009 e projeção de número e localização prioritária para 2020



sábado, 5 de novembro de 2011

Defesas dos Trabalhos de Conclusão de Curso

Já iniciaram as defesas dos Trabalhos De Conclusão De Curso dos acadêmicos de Engenharia Florestal e Agronomia da Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Ipameri. É de suma importância a presença dos demais acadêmicos dessa para que possam prestigiar os colegas como também analisar as apresentações já que também passarão por isso. Quanto mais contato com apresentações, melhores e mais aptos estarão futuramente, pegando as “malícias” de defesa.

Escolha os temas de interesse e compareçam.

Download de Certificados Semana de Iniciação Cientifica UEG

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação informa que os certificados de participação e apresentação de trabalhos no IX Seminário de Iniciação Científica e VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação estão disponíveis para downloads no site do evento.

Fonte: http://www.prp.ueg.br/

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Autorização do Mestrado Pela Capes Em Produção Vegetal

Conselho Universitário autoriza criação de 4 mestrados na UEG

As propostas para a criação dos mestrados foram aprovadas na última terça-feira, 28, em Anápolis, durante a 59ª Plenária do Conselho Universitário da Instituição.


Presidido pelo reitor Luiz Antônio Arantes, o Conselho Universitário aprovou a criação do mestrado próprio em História Ambiental e Saberes Coletivos , a ser oferecido na Unidade Universitária de Ciências Socioeconômicas e Humanas, em Anápolis, onde também deverá ser oferecido o mestrado interdisciplinar em Educação, Linguagens e Tecnologias. Também foi aprovada a proposta de um mestrado próprio em Ciência Animal na Unidade Universitária da UEG de São Luís de Montes Belos e em Produção Vegetal na Unidade de Ipameri.

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação tem até o próximo dia 29 de julho para apresentar as propostas ao edital da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). De acordo com o coordenador de Stricto Sensu da Pró-Reitoria, professor Haroldo Reimer, se os programas de mestrado forem aprovados na CAPES, a previsão é que as vagas sejam ofertadas a partir de março de 2012.

Hoje dia 03 de novembro de 2011, foi aprovado pela CAPES o mestrado em PRODUÇÃO VEGETAL na Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Ipameri.

O Conselho Técnico Científico (CTC-ES) da CAPES comunicou ao reitor da Universidade Estadual de Goiás, professor Luiz Antônio Arantes, a aprovação, com a nota inicial 3, da proposta do curso de Mestrado em Produção Vegetal. A proposta foi elaborada pela equipe da Unidade Universitária da UEG de Ipameri, sob a coordenação do professor Nei Peixoto e do diretor educacional da Unidade, professor Adilson Pelá. “A sede do novo mestrado deverá ser na UnU Ipameri, pois lá se encontra o maior número dos 17 doutores envolvidos na proposta. Mas também doutores de outras unidades foram agregados, pois se trata de um projeto da UEG como um todo”, explica o reitor.


Os trabalhos de elaboração da proposta foram acompanhados pela equipe da Gerência de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PrP), sob a liderança do pró-reitor Harlen Inácio dos Santos. A equipe da Gerência é composta pela professora Cristhyan Martins Castro Milazzo (gerente), professor Haroldo Reimer (coordenador de Pós-Graduação Stricto Sensu), Haydée Lisboa Vieira Machado (assessora de stricto sensu), Keila Mendanha (secretária da PrP), Glaziela Ludmila Lira Cunha (assessora acadêmica) e Pâmela Martins Curado (assessora financeira).


“Com esta aprovação, a UEG dá um passo importante na consolidação da pós-graduação stricto sensu. Os dois mestrados próprios da UEG foram aprovados em 2006. Com a aprovação do Mestrado em Produção Vegetal quebra-se um “jejum” de mais de 5 anos. Logra-se também dar um importante passo no sentido da interiorização da pós-graduação stricto sensu no estado de Goiás”, esclarece o professor Haroldo Reimer.

Para a professora Cristhyan Milazzo "este é um dos resultados colhidos em razão da consolidação da Pós Graduação Stricto Sensu na UEG, que enquanto instituição única, vem mostrando, a certo tempo, a união e integração entre professores, das suas diversas unidades espalhadas pelo nosso Estado".

De acordo com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, o projeto deste Mestrado foi elaborado pela equipe de Ipameri, aprovado pelo Conselho Acadêmico (Resolução CsA 027/2011) no dia 27 de junho e pelo Conselho Universitário (Resolução CsU 010/2011) no dia 28 de junho. O envio para a Diretoria de Avaliação da Capes aconteceu em 28 de julho, sendo a proposta recomendada pela Comissão de Avaliação de Área (CAA) de Ciências Agrárias I. Com a homologação pelo CTC-ES/CAPES, o novo curso poderá ser implementado em breve.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Nota de apoio ao Ibama

Brasília, 28 de outubro de 2011 - A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público expressar seu apoio à manutenção do poder de polícia do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por se tratar de uma autarquia federal, este é o órgão mais indicado para restringir ou licenciar as ações do homem na Natureza de forma isenta, idônea e suprapartidária.

Há 22 anos à frente da causa ambiental, o Ibama possui em seu quadro profissionais capacitados para lidar com as delicadas questões inerentes ao desenvolvimento sustentável, além da estrutura patrimonial e de acervo qualificado relacionados ao tema.

Delegar para a esfera estadual o poder de multar os empreendimentos em desacordo com as normas brasileiras, conforme dispõe o PCL 01/10 aprovado nesta quinta-feira (27) pelo Senado Federal, é relegar a questão ambiental aos desmandos regionais que ainda assombram a democracia no país. Ademais, muitos órgãos ambientais não detêm estrutura suficiente para atuação, o que deixa a sociedade e a Natureza desprotegidas, em um vazio de fiscalização, justamente em uma área tão sensível e com implicações nacionais e internacionais como o meio ambiente.

A ANPR reconhece no Ibama um dos parceiros prioritários do Ministério Público Federal nas causas ambientais e convida as demais entidades da sociedade civil a se juntarem aos procuradores da República na defesa da preservação do patrimônio ambiental e da proteção dos recursos naturais no Brasil.

Brasília, 28 de outubro de 2011.

Alexandre Camanho de Assis

Presidente da ANPR

Fonte: http://www.anpr.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=29917&Itemid=1

As Plantações Florestais e a Rio + 20

Graças à política de incentivos fiscais e ao rápido crescimento das plantações florestais, o Brasil possui a silvicultura mais competitiva e sustentável do mundo, para quem que, até esta política (1965 a 1988), importava papel, consumia carvão de mata nativa e possuía 500 mil hectares de plantações, mas tem, hoje, 6 milhões de ha, menos de 1% do território, suficientes para torná-lo o principal player no mercado internacional.

Embora nossa silvicultura se desponte como a mais sustentável e competitiva, ela ainda é obrigada a enfrentar barreiras que impedem e comprometem a sua sobrevivência e a contribuição para uma economia verde como espera a Rio + 20, tais como:
1. Críticas às plantações florestais fundamentadas em mitos e crendices;
2. Modelo de produção florestal sob monocultura extensiva ainda vigente;
3. Gestão ambiental com base numa legislação extensa, complexa e inaplicável;

4. Política de crédito incompatível com a realidade de longo prazo da silvicultura;

5. Política fundiária que inibe investimentos estrangeiros em terras no Brasil;

6. Política fiscal de controle inflacionário com base em taxa de juros elevada;

7. Política cambial que premia as importações do carvão mineral e prejudica as exportações do gusa a carvão vegetal;

8. Deficiência de infraestrutura básica para escoamento da produção florestal;

9. Estímulo ao consumo de derivados do petróleo em prejuízo à biomassa florestal;

10. Custo Brasil elevado e modelo administrativo burocrático;
11. Insegurança jurídica no tocante às garantias constitucionais de direito de propriedade e da livre iniciativa;

12. Ausência de seguro florestal que minimize os riscos ao investidor florestal.

Apesar de alguns equívocos ao longo do período de incentivos, a silvicultura brasileira, no quesito ambiental, desempenha importante papel na proteção dos recursos naturais, haja vista que é implantada em áreas antropizadas e degradadas.

Estatísticas comprovam que, para cada ha de reflorestamento, as empresas florestais possuem o mesmo em floresta nativa, acima do que exige a lei em termos de áreas de preservação permanente e de reserva legal.Outro ponto positivo, é que ela não compete por área com a produção de alimentos, visto a disponibilidade de terras ociosas no Brasil e o caráter de longo prazo e alto risco da silvicultura comparado com o da agricultura.

No tocante ao social, a silvicultura tem vivenciado uma evolução significativa tanto na posse das plantações, quanto no regime de manejo. Pelo fomento florestal, os plantios tem-se descentralizado das grandes indústrias para o produtor. Além disso, ela tem demonstrado como uma das únicas atividades viáveis em regiões montanhosas, intensivas em trabalho, gerando oportunidades de emprego e trabalho para a população do campo.

Todas estas características propiciaram ao País detentor da principal indústria de celulose, único produtor de carvão vegetal para uso siderúrgico e num grande consumidor de biomassa florestal para produção de energia e vapor em substituição ao óleo e gás.

Entretanto, mesmo com sólidas características para fortalecer uma economia verde, produtos como o carvão vegetal pode ter sua sustentabilidade comprometida, haja vista que o gusa vegetal tem perdido mercado para o gusa a carvão mineral, poluente e de extraçãosub-humana. Apesar do balanço favorável em termos de CO2, a sociedade moderna tem preferido o gusa a carvão mineralque é mais barato, mas que, ao revés, emite o CO2 estocado no subsolo para a atmosfera, agravando a concentração dos GEE, mostrando que o discurso por uma economia de baixo carbono tem ficado na retórica.

O cavaco também, mesmo apresentando 50% dos custos de produção de vapor e energia produzido pelo petróleo, tem encontrado dificuldade de se expandir no mercado.Assim, para fortalecer-se como economia verde,recomenda-setais medidas:
1. As entidades de classe florestal precisam manter campanhas que esclareçam sobre os impactos, positivos e negativos, e as medidas mitigadoras adotadas;

2. As empresas devem adotar politica de descentralização da base florestal com o intuito de evitar a monocultura extensiva e aumentar a participação do produtor;

3. Os Poderes precisam refletir sobre a efetividade do ordenamento legal ambiental;

4. O modelo de controle inflacionário precisa se desvincular da politica de juros alto;

5. Há que se equacionar a disponibilidade de capital externo com a de terra no Brasil para viabilizar parcerias entre produtor e investidor nos investimentos florestais;

6. Estimular o consumo de produtos da cadeia florestal em detrimento da mineral;

7. Organizar a cadeia produtiva florestal visando a eliminação dos atravessadores;
8. Honrar o cumprimento do direito de propriedade e da livre iniciativa;
9. Adotar programa de seguro com custos compatíveis com a atividade florestal.

Fonte: http://celuloseonline.com.br/blog/?p=325